Um abaixo-assinado feito por guardas municipais de São Carlos (SP) pede que a corporação passe a usar armas de fogo, já que em muitas ocorrências eles se sentem inseguros.
Ao todo, 80 dos 116 guardas do município apoiam o uso. O documento com as assinaturas foi entregue à Câmara Municipal.
Hoje, os guardas andam pela cidade apenas com cassetete e spray de pimenta. “A gente faz atendimento a Conselho Tutelar, de alarme, de madrugada, então a gente chega num local sem saber o que vai encontrar lá e sem poder se defender. É arriscado isso”, disse o guarda municipal Rodrigo de Assis.
A lei que criou a Guarda Municipal de São Carlos, em 2001, já previa a corporação armada em serviço. O estatuto do desarmamento também autoriza o uso de armas nas guardas municipais de cidades com mais de 50 mil habitantes e menos de 500 mil moradores.
Para o vice-presidente do Conselho de Segurança de São Carlos (Conseg), Reginaldo Malimpensa, a mudança traria benefícios. “Algumas situações a gente acredita que sim. A guarda tem que ter um resguardo”, disse.
Uma das funções da Guarda Municipal é proteger patrimônios públicos e escolas. Na região, nove cidades já tem GM armada, como Rio Claro, Araras e Pirassununga. “Vai ser levado para o Conselho Municipal de Segurança e para o Gabinete de Gestão Integrada, inclusive vamos ter a primeira reunião já na segunda-feira”, disse o comandante da GM, capitão João Luiz Tozzato.
Tozzato ainda explicou também que será feito um estudo sobre o que aconteceu nas cidades que implantaram a guarda armada.
A partir desta quarta-feira (4) os moradores de São Carlos poderão opinar sobre o assunto. A consulta vai estar disponível a partir de 12h no site da Câmara Municipal.
GM participa de abaixo-assinado a favor da arma de fogo para a corporação (Foto: Reprodução/EPTV)
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