domingo, 27 de maio de 2012
Por: Claudio Frederico de Carvalho
Por
intermédio do Guarda Municipal de Curitiba, GM Marcelo Peruchi, foi marcada
reunião com representantes da Casa Civil e do Ministério da Justiça, sendo
previamente disponibilizado um espaço para 10 membros representantes de
entidades de classe para tratar sobre assuntos pertinentes as Guardas Municipais
e a segurança do cidadão.
O
Inspetor Claudio Frederico de Carvalho, da Guarda Municipal de Curitiba,
procurou reunir representantes de diversas regiões do país a fim de juntos,
tratarem sobre os temas de maior relevância em relação as Guardas Municipais e o
Governo Federal.
Em
virtude da alteração dos trabalhos junto ao IV Seminário Nacional de Guardas
Municipais e Segurança Pública, alguns membros convidados para integrar o
grupo, acabaram ficando no evento a fim de poderem proferir suas palestras e
argumentações no seminário.
Desta
feita o Inspetor Frederico, neste ato representando a ONG SOS Segurança Dá Vida,
em companhia do GM Izdalfredo Bezerra de Menezes Nogueira da Guarda Municipal de
Salvador/BA, do GM Valdecir Moreira de Freitas da Guarda Municipal de
Mangaratiba/RJ e GM Lucival de Souza Ferreira da Guarda Municipal de Limeira
Presidente do Sindicato dos Servidores Públicos do Município de Mangaratiba,
Representante do Sindiguarda de Limeira e Região, e do Inspetor Ubirajara
Azevedo da Guarda Municipal de Salvador/BA, todos juntos compareceram no
Ministério da Justiça.
Inicialmente
a delegação fez uma visita ao Gabinete da Secretária Nacional de Segurança
Pública em exercício, Drª Cristina Gross Villa Nova, onde fora repassado que
havia também uma reunião agendada com a diretoria do Sindguardas-Ba, para tratar
de assuntos pertinentes a Guarda Municipal, com a
SENASP.
Como
ambas as reuniões seriam no mesmo espaço público em salas distintas e equipes
diversas, consideramos oportuno unirmos em uma única sala as duas delegações de
integrantes de Guardas Municipais, representando assim de maneira mais clara e
precisa os interesses de todos os profissionais desta
classe.
Assim
teve início da reunião na Secretaria Nacional de Segurança Pública do Ministério
da Justiça, contando com a presença da Secretária em Exercício, Drª Cristina
Gross, do Coordenador Geral de Inteligência, Dr.Marcello Barros de Oliveira e do
Assessor da Secretária Nacional, Dr. Guilherme Zambarda
Leonardi.
O
Sindguardas-Ba, se fez presente através do seu Presidente Pedro de Oliveira,
seguido de representantes de diversas cidades do interior baiano, conforme
segue: GM Paulo Sérgio Farias e GM Adenil Fraga da Guarda Municipal de Jequié,
GM Jorge Pereira da Guarda Municipal de Uma, GM Antonio Weslei da Guarda
Municipal de Poções, GM Delmo dos Santos da Guarda Municipal de Camacã, GM
Aquira da Guarda Municipal de Coaraci, GM Wagner da Guarda Municipal de
Eunápolis, e o GM Danilo, GM Adailton, GM Joanderson, GM David e GM Reginaldo
Oliveira da Guarda Municipal de Ilhéus,
O
presidente do Sindguardas-BA, durante sua explanação ressaltou o importante
apoio do Ministério da Justiça tendo como consequência imediata o avanço e
desenvolvimento das Guardas Municipais. Abordou ainda a necessidade de
padronização do uniforme a nível nacional, a importância da fiscalização da
aplicação dos recursos federais destinados as Guardas Municipais. O Presidente
do Sindicato aproveitou a oportunidade para formalizar o convite a Drª Cristina
Gross para comparecer a cidade Ilhéus, a fim de participar da entrega dos
certificados de conclusão do Curso de Formação de Guardas Municipais realizado
no final do ano passado.
A
delegação representando a ONG SOS Segurança Dá Vida, em conversa franca e direta
explicou o risco e o prejuízo que está ocorrendo com a implantação da Função
Delegada
em alguns municípios do Estado de São Paulo e do Rio de Janeiro, onde foi
discorrido com propriedade sobre o assunto, sendo esclarecido que muitas vezes
os municípios criam as Guardas Municipais, preparam o seu efetivo e após com a
arrecadação da verba proveniente do Fundo Nacional de Segurança Pública, acabam
contratando policiais militares de folga para exercerem o policiamento
preventivo no lugar do Guarda Municipal, em contrapartida pagam os valores
referentes às horas trabalhadas, e deixam de investir nas Guardas Municipais e
nos Guardas Municipais, muito embora a verba seja disponibilizada para este
fim.
Esta
questão é muito séria e deve ser tratada no Ministério da Justiça, pois, se os
policiais militares que recebem baixos salários podem exercer a função realizada
pelos guardas municipais, o inverso também será permitido, principalmente nos
municípios onde o Estado-Membro não tem efetivo disponível de policial militar,
devendo assim, o estado arcar com o valor das horas extras do guarda municipal
no exercício da “função delegada”.
Sobre
o Bolsa Formação, foi esclarecido que com a nova política adotada, o
profissional da segurança pública passou a ser desestimulado, pois, a partir do
momento que o servidor muitas vezes deve tomar cuidado em não ultrapassar o
valor limite de R$ 1.700,00, mesmo sendo um valor variável determinando
benefícios, tais como horas extras, pecúnia e adicional por tempo de serviço
entre outros, acabam prejudicando na obtenção do bolsa formação. Foi sugerido
que a soma do valor seja realizado considerando vencimento básico, risco de vida
e função gratificada, pois os demais valores muitas vezes são transitórios, mas
nesta soma atual se tornam prejudiciais a obtenção do
beneficio.
Em
relação Uniformização das Ações dos guardas municipais, foi sugerido que
seja padronizado pelo Ministério da Justiça, tanto a formação do profissional,
podendo ser implantada nos telecentros as aulas teóricas - sistema de tele-aulas
- a fim de evitar as distorções que veem ocorrendo atualmente com empresas
despreparadas para dar cursos de formação a estes profissionais; ainda, foi
sugerido a possibilidade de se padronizar as Carteiras Funcionais, sendo feito
um modelo único possivelmente semelhante aos órgãos de classe no país, que tem
as suas identidades funcionais padronizadas em toda a
nação.
Quanto
as Cores do Uniforme e das Viaturas, em relação a uniformização, foi
pedido a manutenção da cor azul marinho, como vem sendo adotado desde a criação
de várias guardas municipais.
Durante
o diálogo foi ressaltado a importância do sistema Infoseg, nas guardas
municipais, bem como, esclarecido a sua funcionalidade no município, deste modo,
foi esclarecido pelos representantes da SENASP, que este sistema vai retornar ao
município, porém a guarda municipal terá como incumbência também a contrapartida
do uso do sistema, qual seja, integrar as informações do município em relação ao
Imposto Territorial Urbano (IPU), uma vez que esta informação é muito importante
à operacionalização do sistema, bem como, como o cruzamento de demais dados
armazenados.
Quanto
ao Estatuto
do Desarmamento,
foi solicitado uma maior atenção pelo SENASP, no sentido de propor alteração no
quesito quantidade populacional, limite territorial e porte de arma em serviço,
pois estes três pontos se tornam além de discriminatórios, ainda prejudiciais a
própria população local, pois, cidades pequenas com pouca população estão sendo
vítimas da criminalidade de igual maneira que as grandes
metrópoles.
Por
sua vez, foi dada ênfase positivo em relação ao estatuto no que tangue ao
estímulo a formação, a capacitação, a qualificação e o aprimoramento dos guardas
municipais, bem como, aos mecanismos de controle interno e externo que se impõe
para que seja autorizado o porte de arma a estes servidores. Lembrando que, o
objetivo maior neste caso é priorizar o conhecimento e aperfeiçoamento para que
o Guarda Municipal possa realizar uma prestação de serviço de excelência,
voltada a valorização da vida, da cidadania e dos direitos
humanos.
Quanto
ao Grupo de Trabalho (GT) criado pelo Ministério da Justiça para fazer o
Marco Regulatório das Guardas Municipais, foi esclarecido que todos
estamos confiantes nos trabalhos desenvolvidos por esta seleta equipe de
profissionais e que aguardamos com muita expectativa a breve apresentação e
implantação desta carta documental, a fim de regular de maneira coerente e
segura a função tão nobre que os mais de 130.000 mil profissionais já
desempenham no dia a dia.
Ressaltando
que os Guardas Municipais do Brasil, são gestores de segurança pública e juntos
buscam este reconhecimento perante a opinião pública, uma vez que determinados
administradores públicos desprezam ou desconhecem este potencial. O Guarda
Municipal está sempre ao lado do munícipe, realizando na sua essência o
Policiamento Cidadão e Comunitário que várias academias policiais pregam com
tanta veemência, mas que dado a sua especificidade de polícia estadual, não tem
condições de efetivamente realizar esta atividade de maneira desejável pela
população.
Por
fim, foi solicitado o auxilio do Governo Federal através do Ministério da
Justiça, no sentido de esclarecer ao Parlamento Federal e inclusive acompanhar e
incentivar a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição nº 534/02, do
Projeto de Lei Complementar nº 330/06 e do Projeto de Lei nº 1332/03, corrigindo
primeiramente o último substitutivo que em verdade vem a ser um verdadeiro
anacronismo para a Segurança Pública e em especial para as Guardas
Municipais.
fonte:http://inspetorfrederico.blogspot.com.br/2012/05/reuniao-na-secretaria-nacional-de.html
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